A CIDADE DE JERUSALÉM E O CRISTIANISMO
Na época do nascimento de Jesus Cristo, a Judéia ainda permanecia sob o domínio do Império Romano. Jesus Cristo foi talvez o elemento de maior importância para a caracterização do mundo ocidental. Algumas décadas após a crucificação de Cristo, os judeus organizaram uma revolta em busca da libertação do domínio romano, diante desse incidente, o Imperador Adriano transformou a Palestina em uma colônia romana, sendo que os judeus foram expulsos durante um determinado período. A partir de então, os grupos políticos e religiosos que eram representantes judeus estavam completamente divididos.
Durante os séculos que se sucederam à morte de Jesus, houve uma rápida expansão das suas doutrinas para todas as partes do Ocidente. Essa nova religião que vinha surgindo, passou a ser chamada de Cristianismo e caracterizou-se como a religião dos pobres e do povo, pois não era limitada somente a um grupo determinado de pessoas escolhidas, como era o caso do Judaísmo. Para os que se tornavam cristãos, não existia distinção de pessoas, ou seja, não havia povo escolhido. Todos os que acreditavam em Jesus eram filhos de Deus. Com essas novas doutrinas espalhadas por todas as regiões próximas à Palestina, cidades como Jerusalém deixaram de ter tanta importância, uma vez que, para os cristãos, Deus não estava em um determinado local sagrado, mas, sim, dentro de cada indivíduo que pela fé aceitava a fé em Cristo.
A perseguição foi um empecilho desastroso para os primeiros cristãos, pois os Imperadores Romanos se sentiam ameaçados com essa nova religião que vinha varrendo o Império, e por consequência, reprimiam a mesma. Somente a partir do ano de 325, o Imperador Constantino reconheceu o Cristianismo, e menos de meio século depois, Teodósio declarou o Cristianismo como sendo a religião oficial do Império.
Após o Cristianismo ter perdido a característica de seita e ter sofrido um processo de institucionalização, que fundamentou a Igreja Católica, cristãos de todo o mundo passaram a peregrinar em direção à cidade santa de Jerusalém, que se tornou referência por ser o local onde Cristo viveu. Esse domínio dos cristãos sobre Jerusalém durou pouco, pois três séculos depois, ela foi tomada pelos seguidores de Maomé.
